Diagnóstico laboratorial
Na
ocorrência de lesões típicas de leishmaniose, o diagnóstico clínico e
epidemiológico pode ser realizado, especialmente se o paciente procede de áreas
endêmicas ou esteve presente em lugares onde há casos de leishmaniose. O diagnóstico
clínico-epidemiológico pode ser complementado pela IDRM positiva e
eventualmente pela resposta terapêutica. Entretanto, a confirmação desse diagnóstico por métodos
parasitológicos é fundamental tendo em vista o número de doenças que fazem
diagnóstico diferencial com a LTA. A utilização de métodos de diagnóstico laboratorial
visa não somente à confirmação dos achados clínicos, mas pode fornecer
importantes informações epidemiológicas, pela identificação da espécie
circulante, orientando quanto às medidas a serem adotadas para controle do
agravo. O
diagnóstico de certeza de um processo infeccioso é feito pelo encontro do
parasito, ou de seus produtos, nos tecidos ou fluidos
biológicos dos hospedeiros. Portanto, recomenda-se a confirmação do diagnóstico por
método parasitológico antes do início do tratamento, especialmente
naqueles casos com evolução clínica fora do habitual e/ou má resposta a
tratamento anterior. Nesses casos, também está indicado investigar co-infecção pelo
HIV.
A
sensibilidade de cada método de diagnóstico pode variar de acordo com a
experiência de cada serviço, a qualidade do equipamento e dos insumos
utilizados, o tempo de evolução das lesões, as formas clínicas e as diferentes
espécies de Leishmânia envolvidas. O diagnóstico laboratorial da leishmaniose
se constitui fundamentalmente de três grupos de exames:
5.1.1
Exames parasitológicos
A
demonstração do parasito é feita por meio de exames direto e indireto.
a)
Demonstração direta do parasito
É
o procedimento de primeira escolha por ser mais rápido, de menor custo e de
fácil execução. A probabilidade de encontro do parasito é inversamente
proporcional ao tempo de evolução da lesão cutânea, sendo rara após um ano. A infecção secundária contribui para
diminuir a sensibilidade do método, dessa forma, deve ser tratada previamente.
Para a pesquisa direta são utilizados os seguintes
procedimentos: escarificação, biópsia com impressão por aposição e punção
aspirativa cujas metodologias estão descritas no Anexo I. A sensibilidade desta
técnica poderá ser aumentada pela repetição do exame.
Manual Vig. LTA. MS (edição 2007) Pag. 71
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Visando
a qualidade total deste diagnóstico parasitoscópico, a Div. Vig. Epid. da SESPA
do 11º CRS representado pela enfermeira
Ana Raquel, fomentou e o LACEN-PA mais uma vez veio a Marabá ( 10 a 21 de set.
2018) para mais uma certificação de profissionais que atuam nos laboratórios
destes municípios, ministrado pela bióloga e laboratorista Marli dos Santos Baia e o Técnico José Maria Trindade.
Recebemos os profissionais dos municípios e o curso fluiu com uma desenvoltura
jamais vista pelo compromisso e dedicação de cada um. O cerco tá fechado pra
LTA com interação virtual imediata destes laboratórios com o controle de qualidade. Nos
causa orgulho e confiança neste diagnóstico os municípios que participaram:
MARABÁ
SANDRA
HELENA DA SILVA ( BIOQUÍMICA)
BATRIZ OHTTA CHAVES ( BIOMÉDICA)
LUZIA
SOARES MARTINS (BIOMÉDICA)
EDIVALDO
SILVEIRA SILVA (AG. SAÚDE- SESAI)
NOVO REPARTIMENTO
CINTIA
SANTOS ARAÚJO (BIOMÉDICA)
SÃO DOMINGOS DO
ARAGUAIA
GLÁUCIA
GOMES DA SILVA ( BIOMÉDICA )
PARAUAPEBAS
FÁBIO
ANDRÉ CAMPOS BAIA (BIOMÉDICO)
NOVA IPIXUNA DO PARÁ
TATIANA
SOUSA PARANÁ (BIOQUÍMICA)
PALESTINA DO PARÁ E
BREJO GRANDE DO ARAGUAIA
LAIZE
DINIZ NASCIMENTO (BIOQUÍMICA)
algumas fotos de nosso evento: