quarta-feira, 12 de junho de 2013

O mal da rotatividade

A rotatividade e o caso  Leidy.
A vigilância epidemiológica deve ter por incumbência vocacional mesclando com filantropia quando no trato com pessoas portadoras de Leishmaniose visto o caráter de responsabilidade estatal  que em muitos casos definha no terceiro setor hierárquico quando a maldita rotatividade funcional desfaz equipes que trabalham integradas trilhando uma campanha de méritos merecidos. São elos necessários interligados: O ambulatório, laboratório, médico e Vigilância epidemiológica e particularmente tenho a vigilância epidemiológica como a maior carga de responsabilidade com compromisso, embasamento e talo para verificação de desmandos de quaisquer dos elos anteriores quando tratando-se de caso que foge ao trivial.
 Aqui em nosso domínio:
•Não se inicia esquema terapêutico com diagnósticos de laboratórios sem certificação
•Não se inicia esquema terapêutico com prescrição médica alheias às prescrições do Ministério da Saúde
(este item não se aplica quando o médico compõe a equipe, visto que ele possui relatividades em seu prontuário de anamnese com o paciente e aí reside a supremacia)
•Não se inicia esquema terapêutico clinicamente prescrito quando não houve um inquérito envolvendo todos os elos já citados.
•Não se concebe continuidade em prescrições clínicas em favor de risco benefício que não respondeu a um esquema terapêutico eficaz.
O caso Leidy fugiu ao trivial: Uma jovem com um sinistro recente com todos os fatores epidemiológicos e clínicos conspirando favorável, seria apenas mais um caso de LTA nos relatórios da Secretaria Municipal  de saúde mas o primeiro esquema foi consumido pela paciente e o problema não desapareceu. Via de regra (e só lembrando que toda regra tem exceção) o paciente será observado durante 90 dias e só depois disso a lesão não cicatrizando o paciente será submetido a outro esquema idêntico. Olhem a exceção de regra: Após o trigésimo dia, a  partir da ultima dose a lesão apresentar características óbvias de reativamento de bordas, aparecimento de pápulas em rebento de adjacências imediatas e infiltramento de um modo geral, será  motivo da administração do devido esquema terapêutico independente da positividade  de um novo diagnóstico laboratorial. A  grande trave no sinistro da stª Leidy foi a incerteza da real positividade de seu primeiro diagnóstico.
Deus........ parece que estamos numa revolução medindo forças e preenchendo auto-estimas solitárias
 Tive o mérito de ter ao meu tato o problema da doce stª Leidy. Lesões já cicatrizadas e duas delas ainda com medíocres rupturas de pele mas em definhamento e nenhum sinal de reativação, sem bordas, pápulas ou infiltrações(fotos) e a ação de 75 ampolas de glucantime em efeito retardado ainda  agindo. Foi um zelo duplicado ao cubo nos procedimentos de rotina ordinários deste laboratório mas veio jubilar e gratificar nossa febre pelo zelo e pela tradição dos serviços que executamos,  quando visualizamos uma solitária forma amastigota denunciando a existência da patologia.

Muitas vezes acontece o engano na tentativa do acerto, é o inevitável, por isso nesses eventos o compartilhamento é necessário e em quaisquer dos momentos que pareçam intransponíveis  declinem aqui para o Laboratório para executarmos um trabalho de equipe em torno.
Temos algumas fotos de lesões de pele, somente de pacientes nossos, de incidência aqui da nossa Regional de saúde, na tentativa de de poder estar auxiliando de qualquer maneira acesse o link:      

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