A
rotatividade e o caso Leidy.
A vigilância epidemiológica deve ter por incumbência vocacional
mesclando com filantropia quando no trato com pessoas portadoras de
Leishmaniose visto o caráter de responsabilidade estatal que em muitos casos definha no terceiro setor
hierárquico quando a maldita rotatividade funcional desfaz equipes que
trabalham integradas trilhando uma campanha de méritos merecidos. São elos
necessários interligados: O ambulatório, laboratório, médico e Vigilância
epidemiológica e particularmente tenho a vigilância epidemiológica como a maior
carga de responsabilidade com compromisso, embasamento e talo para verificação
de desmandos de quaisquer dos elos anteriores quando tratando-se de caso que
foge ao trivial.
Aqui em nosso domínio:
•Não se inicia esquema terapêutico com diagnósticos de laboratórios sem
certificação
•Não se inicia esquema terapêutico com prescrição médica alheias às
prescrições do Ministério da Saúde
(este item não se aplica quando o médico compõe a equipe, visto que ele
possui relatividades em seu prontuário de anamnese com o paciente e aí reside a
supremacia)
•Não se inicia esquema terapêutico clinicamente prescrito quando não
houve um inquérito envolvendo todos os elos já citados.
•Não se concebe continuidade em prescrições clínicas em favor de risco
benefício que não respondeu a um esquema terapêutico eficaz.
O caso Leidy fugiu ao trivial: Uma jovem com um sinistro recente com
todos os fatores epidemiológicos e clínicos conspirando favorável, seria apenas
mais um caso de LTA nos relatórios da Secretaria Municipal de saúde mas o primeiro esquema foi consumido
pela paciente e o problema não desapareceu. Via de regra (e só lembrando que
toda regra tem exceção) o paciente será observado durante 90 dias e só depois
disso a lesão não cicatrizando o paciente será submetido a outro esquema
idêntico. Olhem a exceção de regra: Após o trigésimo dia, a partir da ultima dose a lesão apresentar características
óbvias de reativamento de bordas, aparecimento de pápulas em rebento de
adjacências imediatas e infiltramento de um modo geral, será motivo da administração do devido esquema
terapêutico independente da positividade
de um novo diagnóstico laboratorial. A
grande trave no sinistro da stª Leidy foi a incerteza da real
positividade de seu primeiro diagnóstico.
Deus........ parece que estamos numa revolução medindo forças e
preenchendo auto-estimas solitárias
Tive o mérito de ter ao meu tato o problema da doce stª Leidy. Lesões já
cicatrizadas e duas delas ainda com medíocres rupturas de pele mas em
definhamento e nenhum sinal de reativação, sem bordas, pápulas ou infiltrações(fotos)
e a ação de 75 ampolas de glucantime em efeito retardado ainda agindo. Foi um zelo duplicado ao cubo nos
procedimentos de rotina ordinários deste laboratório mas veio jubilar e
gratificar nossa febre pelo zelo e pela tradição dos serviços que executamos, quando visualizamos uma solitária forma
amastigota denunciando a existência da patologia.
Muitas vezes acontece o engano na tentativa do acerto, é o inevitável,
por isso nesses eventos o compartilhamento é necessário e em quaisquer dos
momentos que pareçam intransponíveis declinem
aqui para o Laboratório para executarmos um trabalho de equipe em torno.
Temos algumas fotos de lesões de pele, somente de pacientes nossos, de incidência aqui da nossa Regional de saúde, na tentativa de de poder estar auxiliando de qualquer maneira acesse o link:
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