quinta-feira, 24 de junho de 2010

PODE PARECER MAS NÃO CHEGA SER


Este mês de Junho de 2010 aconteceram duas discordâncias comuns dignas de serem postadas para evitar que os demais venham incindir neste mesmo engano. Estou colocando nesta postagem cinco imagens destes pequenos artefatos que foram atribuídos à LTA e entendo perfeitamente o que aconteceu porque sei em que microscópios foram examinadas estas lâminas que apesar da competência e do compromisso de cada profissional que efetivou este trabalho existe uma infinidade de fatores (qualidade e conservação de microscópios, ambiente de trabalho, tempo e etc...) que os configuram mais como vítimas do que como réus. Peço só mais um pouquinho de atenção a qualquer fator alheio a nosso objeto de busca que são as singulares formas amastigotas. No evento passado( 17 a 29 de maio de 2010 ) apenas falei deste tipo de artefato mas infelizmente não havia no acervo para que todos visualizassem agora tenho uma destas amostras guardadas aqui comigo das quais foram tiradas estas fotos que aí estão. Veja que são de mesmo formato ovoide, mesmo diâmetro, constituídas por dois elementos distintos de mesma localização e cor assemelhando-se a núcleo e cinetoplasto etc... mas em contraposto, nunca intracelulares, apresentam vácuo extra citoplasma, cores intensas e escurecidas azuis, de membrana citoplasmática e o detalhe mais interessante, podem ser encontradas agrupadas em forma de hifas seccionadas e daí a origem destas formas que se desvincularam do conjunto e resumindo: PARECE MAS NÃO EH.......olhem as fotos e tirem as conclusões de vocês . Estou torcendo para que nossos mais de 600 casos de LTA de 2009 não tenham mais de 50% deste tipo de LTA

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A picada de um carrapato

               
                    A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma patologia de transmissão vetorial pelas Lutzomias que são uns insetinhos pequenos idênticos a pequenos mosquitos que acidentalmente picam o hospedeiro vertebrado humano. O que aconteceu aqui no laboratório hoje já ocorreu em muitos outros momentos e me chama muito a atenção. O paciente tem uma história convicta e única que deste lugar, desta lesão eu tirei um carrapatinho pequeno e como ele tava enfincado na pele, na hora em que eu arranquei ficou um pedaço dele aí dentro e uma semana depois começou abrir este botão aqui. É sempre uma lesãozinha discreta amistosa única sem infiltrações , pequena, indolor, seca etc.... e o pior de tudo é uma parasitemia medíocre e de formas parasitárias simplórias e discretas que só são visualizadas se a coloração estiver de bom a ótimo e pensando nisso e em nossos cursos tenho 30 destas amostras aqui em nosso acervo. Não são boas de serem captadas pela máquina fotográfica pelas suas características mas tenho algumas fotos como esta postada aí acima depois de estilizada por um editor de imagem para ficarem mais notórias porque são belas e solitárias e quando são vistas não deixam dúvidas. Não gostaria de estar postando incertezas, perguntas ou suposições vagas, mesmo porque na enciclopédia que verifiquei esta informação que o carrapato transmite também LTA estava também uma sapucaia ilustrando o histórico de castanha do pará. A certeza que tenho é uma grande interrogação atrapalhando meu sono: CARRAPATO transmite LTA ? Tenho este paciente localizado em GPS , tenho foto da lesão primária, tenho as fotos do parasita e as amostras colhidas que vou guarda-las com muito zêlo. Quando se depararem com um paciente com um histórico destes colham umas cinco amostras, corem com carinho e se precisar examinem todas elas com uma visão de aumento 750 ou 700 vêzes

domingo, 13 de junho de 2010

Leishmânias

Posted by Picasa
Como é um fato a grandeza ACHADO e a grandeza TEMPO de infecção terem uma relação proporcional inversa, é tambem fato a existência de parasitemias medíocres que estão submissas à uma coleta em local adequado e um raspado e esfregaço ideais para deslocamento das formas amastigotas a serem focadas no microscópio e sabendo isso o foco é a otimização da coloração.Fixada com METanol P.A. e manipulando a mistura do corante(GIEMSA a 0,0075g/ml) e água (PH + ou - 7,0) na razão de 1/1 incontinente ao momento da imersão deixando por apenas 30 minutos se obtem a coloração ideal para que as formas sejam visualizadas sem deficiencias ou exagero de cores que são peculiares a estas. Basta que se observe a pigmentação dos leucócitos que devem se apresentar com um azul violeta intenso. Não posso deixar de elogiar a qualidade das lâminas de Eldorado dos Carajás tanto do Sr. Sebastião Berto como agora do Sr.Edinaldo Morais. Agora pra não perder todo este zelo tomar um microscópio com uma boa resolução e boa sorte. Esta foto aí acima é de um macrófago atingido por uma população  de formas amastigotas.  

sábado, 12 de junho de 2010

LACEN MARABÁ 11° CRS

CONTROLE DA QUALIDADE
O Laboratório de Revisão e Controle de Qualidade do 11º CRS mantem-se atento à qualidade do diagnostico parasitológico microscópico para LTA disponibilizando técnicas práticas e insumos para todo e qualquer centro de diagnóstico desta circunscrição seja de categoria estatal ou privada.
Diante de depoimentos reais e factuais de práticas usuais de agentes que estiveram neste centro em semanas de treinamento com o LACEN, a recomendação deste Laboratório é:
A Vigilância Epidemiológica municipal não deve aceitar diagnóstico parasitológico de LTA se este laboratório não possui a certificação do LACEN-PA.
A Vigilância Epidemiológica municipal não deve apaticamente acatar uma prescrição de esquema terapêutico se não estiverem de acordo as grandezas mg e kg para cada tipo de acometimento prescrito pelo MS.
A Vigilância Epidemiológica municipal pode acolher diagnósticos de laboratórios não certificados pelo LACEN mas com a obrigatoriedade de retomada da devida amostra para remetê-la ao LACEN.
O exame de obrigatoriedade primeira escolha numa lesão é o parasitológico direto e nesta Regional a viabilidade deste é real.
O IDRM deve ser considerado útil após serem descartados todos os diagnósticos diferenciais possíveis e indicado por um profissional médico com embasamento para avaliação de falsos positivos e falsos negativos.
Quando falo da Vigilância Epidemiológica presumo uma equipe de hierarquia bem treinada embasada e compromissada envolvida no processo em torno do paciente até o fechamento do caso. Se esta equipe inexiste ela deve ser gerida pelo agente emissor do diagnóstico ( tem embasamento para tal ) pois jogou-se pérolas aos porcos se, emitiu-se um diagnóstico genuíno e este paciente venha ser submedicado ou abandonado pelo sistema vindo a gerar danos ao paciente e ao sistema de saúde como um todo.
Sabemos que o mundo foi uma experiência que não deu certo, o próprio criador já tentou encerrá-lo com o dilúvio e não conseguiu em mais uma experiência frustrada, mas tentaremos com a persistência do pequeno beija-flor tentando apagar o incêndio da floresta e achando sempre que a nossa causa é uma excessão de regra já que toda regra tem sua excessão.
Veja esta foto.

Por um simples acaso encontrei este paciente já com o diag. Parasitológico efetivado e positivo e já prescrito pelo médico com 15 ampolas de Glucantime em 15 tomadas diárias de uma ampola a cada 24 horas. Obs : paciente tem 120 Kg de peso corporal
1º - Clinicamente esta lesão difere de uma lesão recente de LTA pela sua falta de bordas e etc...
2º - Epidemiologicamente no perímetro urbano não se admite
3º - Historicamente surgiu de um trauma de uma agressão com um objeto perfuro-cortante e apresentando profundos sintomas Dolores e avermelhada
4º - Lesão com aplicações de pagelanças e ausências assépticas.
Este paciente iria dispor da medicação 04 dias depois. Por curiosidade pedi-lhe que fosse feito trabalhos de assepsia e lavagem simplesmente com solução salina. No 4º dia capturei esta foto com a lesão já bem medíocre e amistosa, coletei 06 amostras de suas bordas ( NEGATIVARAM ).
Resumo: O sistema notificou a existência de um caso fantasma de LTA , quem sou eu e quem é o corporativismo.
Este paciente foi curado com 15 ampolas de Glucantime ???????????
Este médico está cético, 15 ampolas de Glucantime curam uma LTA......
Trabalhemos para que este tipo de ocorrência desapareça. Peço que todos vocês que já têm este entendimento fomentem a retificação destas bizarrices em nosso meio.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O ÁCARO QUE CRUZOU MEU CAMINHO

O que estaria fazendo um DEMODEX numa lesão ?

Foi esta minha pergunta quando vi um microrganismo de 300 micrômetros quando procurava amastigotas que medem cerca de 02 micras de diâmetro, e na intriga substituí do aumento 1000x para 280x e lá estava uma lagarta grande e, se movendo. Não me contive e procurei saber do que se tratava e da FIO CRUZ me veio a resposta da Dra. Catarina Macêdo e Dr. Rubens de Melo: é um DEMODEX FOLLICULORUM é um bichinho tão sinistro e amistoso que nem percebemos que transportamos ele em nosso nariz e sem forçar muito na sua procura já o encontrei em 7 dos 10 indivíduos que procurei (70%). Tenho buscado informações na internet e o boletim de ocorrência médica deste indivíduo é rica e infinita.
Este é o nosso paciente onde encontramos trouxas de Demodex:



Veja um pequeno trecho que peguei da internet::

Demodex, um parasita microscópico, também tem sido associado com o afinamento ou perda dos cabelos. Este parasita foi originalmente descoberto em 1840, por Richard Owens e por muito tempo sabe-se que habitam no couro cabeludo, sobrancelhas, e nas areas da testa. Os laboratorios de pesquisas fizeram a primeira descoberta ligando o demodex e a perda de cabelos em 1997. Desde então isso foi estudado e confirmado pela universidade TULANE de medicina em 1999. O Demodex não está presente no couro cabeludo de todas as pessoas. Este organismo microscópico produz uma enzima digestiva chamada lípase. A lipase é necessária para que o demodex possa quebrar e se alimentar do sebo produzido pelas glândulas sebáceas. Couro cabeludo com quantidade excessiva de sebo ( oleosidade) aparentemente parece mais propensos a terem colônias de demodex. Este ectoparasita tem um casco exterior, no qual o sebo gruda nele tenazmente. O demodex rouba do cabelo em desenvolvimento, nutrientes essenciais alimentando-se do sebo produzido. Acredita-se que o demodex nasce, vive reproduz e morre em 15 dias dentro do folículo piloso. Demodex é um estranho no folículo piloso, e a lipase produzida por ele, acredita-se que ela adversamente afeta a qualidade, condição e a aparência do cabelo. A presença de demodex também tem sido associada com inflamações. no qual encurta o ciclo de vida dos cabelos. Estudos na universidade de medicina TULANE, confirma a ligação entre demodex e a perda de cabelos. Mesmo sabendo que o demodex não está presente em todos os couros cabeludos, os estudos descobriram que o demodex estava presente em 88 porcento dos homens e mulheres que foram clinicamente analisados com perda de cabelos. Tambem o demodex não foi encontrado em 91 por cento de homens e mulheres clinicamente analisados que tinham uma densidade normal de cabelos.

Olhe na barra de vídeo aí na parte superior do blog temos muitos vídeos com eles